Folheio em mim intenções.
Imagens com sede, que me contam inteira.
Intervalos cálidos,
de uma respiração que me estia do tédio.
Desconhecendo-me,
saio do cárcere de angústia pérfida
ao qual me habituei.
Tudo é tanto...
Numa atenção quase analítica,
leio emoções,
aquém do saguão.
Sou febre liberta do corpo.
Armo fogueira dos gravetos que sobraram,
se calhar,
eu acendo.
Há uma intersecção de linhas
fora e dentro de mim.
Endereços plenos de fogo e cinza,
onde retoco a alma
ávida
por olhos
que a leiam sem pontuações.
7 comentários soprados.:
Simplesmente lindo!
"(...)retoco a alma ávida por olhos que a leiam sem pontuações." Noooooooooossa!!! Que frase!!! Mas o texto inteiro é lindo, lindo mesmo!
Bjão e boa semana
tão lindo este texto!Adorei o blog! *.*
Como vc está densa...
Apesar de ser lindo, me preocupa.
Tenho saudades...
Beijos enorme no seu coração!
'Sou febre fora do corpo'.
Perfeito.
Beijoos
Perfeito! Amei esse poema, sensível e intenso.
Beijos.
...
Lindo
...
Beijo
Beijo!
She ;)
feito de linhas semi-rectas e curvas com intersecções... é esta (in)completude que nos faz avançar rumo a um quê não mais pleno ou imperfeito; apenas mais próximo do que somos... sem frustração ou anátema maior que a própria aceitação.
um abraço, angélica!
p.s. sabes? já deixei de procurar o guardador de rebanhos :-)
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