Na xícara de louça branca, o café preto.
Minha mente em silêncio senta à mesa.
Hoje é dia comum. Há trabalho. Há compromissos. Há estudo.
Só não há graça.
Amanheci com olhos molhados.
Quase ninguém sabe. Quase ninguém lembra.
Pareço pálida, mas é melancolia.
Cabeça entre as mãos.
O café está com gosto estranho. Será que alguma coisa caiu no café?
Eu brinco de fugir. As lembranças brincam de me achar.
Em dias como esse, eu vou.
Um passo e meio de distância. As vezes meio passo.
Preciso seguir.
São 20 anos profundos. Lá atrás, ficaram marcas bonitas.
Pares de pegadas, colo, mãos no cabelo,
leituras e longas horas de conversa,
sobre a vida e sobre Deus.
Eu tenho usado aquele kit sobrevivência que você deixou,
mas nem com ele eu consigo sair ilesa dessa saudade.
Sem seu abraço eu sinto frio.
(lágrimas)
Pai, nem sempre tenho certeza se estou indo no caminho certo ou que você gostaria,
Pai, nem sempre tenho certeza se estou indo no caminho certo ou que você gostaria,
mas é assim mesmo, no fim tudo se ajusta.
6 comentários soprados.:
Puxa, nem sei o que dizer... Deu vontade de chorar também =/
Nossa amei seu blog...parabens!!
Doce!!!
Amor é algo “inexplicável”, mas a saudade é mais; sim, mais “inexplicável”. Ela tem forma, cheiro, sentimento, e mesmo assim consegue ser subjetiva, até em seu significado. A saudade está dentro de cada um de nós em pequenos gestos, até mesmo de generosidade: hoje carrego em meu peito a saudade, um pedacinho dela, de uma pessoinha muito especial.
– Maria é muita responsabilidade. Ela responde: “Eu gosto de você.” Nunca soube que, até aquele dia, metido naquela lamaçal que a responsabilidade estaria intimamente ligada a saudade. Essa responsabilidade se agigantou, tomou forma e deixou de ser um símbolo, para ser uma verdade, daquelas, daquele tipo: “inexplicável”, assim como é o amor e a saudade de hoje (11.9.12).
EU TE AMO.
essa saudade, esse silêncio e essas lágrimas
me comovem...
beijo carinhoso.
Texto lindo e me remeteu as lembranças do meu e seus olhos azuis. Lindo demais!
Beijos
Postar um comentário
"Se tudo passa, talvez você passe por aqui..."