15 de setembro de 2011

Por onde seguir...


Acendi a luzinha do teto,
 vasculhei o porta-luvas... E nada!
Gostaria que as respostas de que preciso, vinhessem por escrito,
 tipo manual de instruções do veículo.
Ligo o carro e sigo.
O som até seria uma boa companhia, se cada música não fosse um registro nítido de vivências.
[Certos sentimentos não precisam ser ilustrados com lembranças,
 até por já serem explícitos demais.]
Dirijo horas constatando que não sei por onde ir.
A verdade é que;  às vezes a gente não vai, não por falta de vontade ou de combustível, mas por falta de estrada.
Não há caminho. A ponte está quebrada.
A placa diz: PARE!
Nem cartomante podia "me abrir os caminhos" agora.
 Retorno e fico dando voltas...
[É massacrante dirigir para lugar nenhum.]
Penso no caminho de volta. De volta pra onde?
 Para minha vida talvez?
Continuo o trajeto.
 Não procuro mais atalhos pra voltar.
Sigo em frente e o percurso me dá tempo suficiente,
 para atualizar de forma pormenorizada minha memória afetiva.
Pois é, como eu mesma já escrevi,
 às vezes é preciso mudar a rota, o problema é não ter mapa nenhum para nos guiar nisso.
[E nem adianta procurar no porta-luvas.]

4 comentários soprados.:

Brunno Lopez disse...

Se você está guiando, não importa o destino. O agradável é a companhia para tal viagem...

Saudades daqui.

Aclim disse...

É tem hora que nada faz sentido...

Abraço

Refúgio da Alma disse...

Magnífico!

Jorge Pimenta disse...

nem só as estradas que conduzem a algum lado merecem ser percorridas.
beijo!

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