28 de abril de 2011

Eu me lancei.



Não! Não me pasteurize.
Deixe-me aqui contaminada por esta angústia (ela tem seu valor).
Não me arranque da minha verdade, não amordaçe meu espírito.
Estou em pleno delirium tremens da abstinência.
Carência grave e coração oprimido de inquietude.
Semi-anestesiada pelo uso continuo da escrita, eu respiro.
Se por um lado me assusto, por outro me encontro.
Essa ameaça que não vem de lugar algum, me liberta.
O imperativo categórico foi formulado pela situação-limite.
Lancei minha existência na estranheza para encontrar minha paz.

6 comentários soprados.:

Contos da Rosa disse...

Muito lindo!!


bj♫♫

Renata Fagundes disse...

essa insanidade camuflada revela quem somos de verdade

beeeijo moça

Helcio Maia disse...

A paz...estranha, limítrofe e existencial paz. E só a gente é que a faz.

OceanoAzul.Sonhos disse...

A escrita, nos sustenta e nos faz encontrar.
bj
oa.s

Maria José Rezende de Lacerda disse...

Olá amiga. Tudo que escreve é sensível e toca a alma. Beijos.

Flavia C. disse...

São reflexões como essa que fazem o dia valer a pena.
Lindo, lindo.

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"Se tudo passa, talvez você passe por aqui..."