27 de dezembro de 2010

Sétimo dia sem você.



Hoje não procurei abrigo para as palavras que chovem. Estou aqui, desabrigada dos teus braços. Não posso mais brincar de princesa, pois não há princesa sem torre e sem principe para salvá-la. Não há "pequena" sem "grandão". Manhãs que nascem sem gosto e sem mimo. O que será que resgata um coração afogado de saudade? Apenas a fé. Você sempre foi e será sempre o charme das minhas melhores recordações de infância; o acalanto polenizado das vivências atuais e a construção dos canteiros floridos de futuro. O soluço chegou, e nem adianta me assustar, porque não vai passar. A dor perdeu na prova da resignição. Fui reprovada, nem preciso conferir o gabarito. Sinto sua falta, sinto muito. Uma foto sua,  quase posso sentir seu cheiro. É assustador não ter tuas risadas morando em meus ouvidos. Apenas você soletrava minha alma com a amplexa geometria dos abraços floridos. Sinto certa serenidade na natural ambiguidade do cessar-de-ser; é um criar além do visto, sem porta, apenas passagem. Estranho é esse destino de eterno final.  E só me resta lembrar de Drummond:
Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.♥

Ainda vamos convergir.

6 comentários soprados.:

Refúgio da Alma disse...

Senti o arrepio de cada fio.

Anônimo disse...

Sete dias. Amanha serão oito.
E assim por diante. É importante lembrar que tudo na vida tem um sentido e uma motivação. Beijo.
Seguindo pra voltar.
http://tecalas.blogspot.com/

chica disse...

Quanta saudade! um beijo,fica bem,chica

Anônimo disse...

Espero que tudo se resolva para você.
Belas palavras que expressaram o que sente nesse momento.

Fred Caju disse...

Gostei daqui. Parabéns. Vou voltar na medida do possível.

Hugo de Oliveira disse...

Te desejo uma ótima semana.

abraços
de luz e paz

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"Se tudo passa, talvez você passe por aqui..."