Telefono para uma amiga. Abro os e-mails.
Alguém olha para mim e pergunta: Está tudo bem?
Nessa hora, fecho os olhos para não falar.
Respondo qualquer coisa do tipo: Nada como um dia de trabalho!
Sempre pensei que quando escrevia era mais fácil de lembrar.
Então, abro a agenda e começo uma lista de coisas importantes.
Setas nas que são prioridades e asteriscos naquelas que só dependem de mim.
Tantos horários, dia cheio.
Não apenas o dia está cheio.
Quando era criança, eu tinha um diário. Anotava tudo. Enchia as páginas para me sentir com mais espaço.
Era uma catarse, mesmo que minha inocência ainda não entendesse.
Naquela época, havia de tudo.
Coisas que não sabia se queria, mas que deveria. Coragem exercitada e medos que eu aprendi a cavar.
O interessante, é que era a leitura o gosto comum lá em casa.
A escrita nasceu junto comigo. Exacerbou com a dor. Quando todos se foram e apenas eu fiquei.
Eu e a escrita. Companheira inseparável que conversava comigo da mente ao papel.
Pensando bem, não é escrever que facilita lembrar. Ao contrário!
As coisas que não escrevo, nunca vão embora.
Será que foi por isso que parei de te escrever?
Em breve escrevo.
Nem que sejam cartas que não irão viajar.
Apenas escritas para você não ficar.
9 comentários soprados.:
Poxa vida!
Achei lindo mesmo achando que teve uma pitada de tristeza nas palavras.
Pra tudo tem uma exceção, e quem sabe escrever não seja a real solução.
Beijos no coração.
Saudade...
És.critó.rio da alma... escreve-se quando transborda, é a gota de quando o copo cheio está... e o mundo vê, mas nem pode supor o que sem se escrever por dentro há... ;) Belíssimo e singelo! ;)
Escrita sempre me ajudou a desabafar. Mesmo que a dor seja intensa, a escrita faz transcender!
Beijo
a escrita é uma companhia maravilhosa.
abraços
estar por aqui sempre é um prazer raro, pena meu tempo esta tão curto e não tenho podido me deliciar em forma de versos teus
bonita homenagem,
tanto à escrita quanto às cartas não enviadas.
agradeço a atenção.
seguindo.
Tenho tantos escritos guardados, perdidos & achados nas gavetas...vez em qdo os encontro e mando para alguém se apiedar ou se alegrar... Não viveria sem a escrita, sem a leitura...!!!
Achei este velho escrito.
Muito tempo procurando,
Meu olhar disperso no infinito.
Esperando um encontro...
Deixa-me resignar-me! Cansado...
No desconhecido tropecei...
Suspirando te perdi,
Assim que toquei...
Mas, como esquecer?
Mesmo ignorado...
Neste amor encarcerado...
Nas lembranças te acharei...
Acabou a música? Eu gostava tanto...
A nossa amiga Emili disse que há uma pitada de tristeza. Mas onde é que ela não se encontra? Faz parte. Faz parte a alegria, a tristeza, a dor, o prazer. Seria tudo muito chato se fosse tudo uma coisa só.
Escrever é exorcizar.
Beijos,
Suzana Guimarães/Lily
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