29 de setembro de 2010
28 de setembro de 2010
Imaginação
Aproximo-me com cautela. Observo algum tempo e penso:
Eu tenho tantas perguntas na cabeça.
E ele, tanta ORIGINALIDADE.
Eu tenho tantas perguntas na cabeça.
E ele, tanta ORIGINALIDADE.
RespirAR

Ainda em estado sólido
A letra escreve mantras por este templo
Atravessa o mar de vidro, lembrando-me de respirar
E certas memórias do futuro - estão lá.
Meu corpo escreve
Vestígios-sobreviventes do mundo imaginativo
E nessa pauta sensorial de rasuras e diálogos - Encontro fôlego
Teria eu me salvado?
Quem sabe assim eu mude
Essa mudez amiúde de profundidade
Intuo e perscruto
Há desvelo para esse pecado?
27 de setembro de 2010
Antecipadamente
Você é inteligente...
Far-me sorrir e coisa e tal.
Mas desculpa, preciso dizer-te:
Neste momento, não quero cuecas em meu varal!
25 de setembro de 2010
24 de setembro de 2010
22 de setembro de 2010
Encaixe
Eu peço paciência e digo:
- Calma, vou achar teu corpo.
21 de setembro de 2010
Venha me buscar...
Foi nessa profundidade de quase afogamento que te escrevi.
O desembrulhar dos pensamentos tem um som diferente, principalmente àqueles que só a gente abre.
Nada está perfeito, e nem precisa estar.
Meu suspiro foi alto o suficiente, para que eu ouvisse nele a saudade.
A escrita é minha voz. Tomara que você ainda me escute.
O silêncio velado, grita.
Será que fomos embora?
Ou será que ainda estamos um no outro quietamente charmosos, esperando o momento de nos emparedar?
A paixão não precisa de arrumação, ela precisa de loucura, eu sempre soube disso.
Deletar o trivial e manter o foco na imprevisibilidade, será isso? Não sei.
Só sei, é que preciso te ver. Rever. Correr pra você, já que de você não é possível.
Examino a mente tentando localizar um respaldo para tudo isso. - Que tolice! Jamais encontrarei qualquer razão.
Quero mesmo é habitar a coreografia dos teus braços. Isso tem que ter porque? Provavelmente não.
Resolvi deixar as coisas serem naturais. Apenas sinto.
Sinto muito e sinto tudo. Do desespero da saudade ao da vontade.
Sinto tua falta, porque você não falta um dia sequer em minha análise.
É um reinteirado querer que ultrapassa a redundância. Uma intoxicação de beijos e cafunés.
O falado. O rítimo da respiração ou a falta dela. Entorpecimento por sedução.
Cansei de simular desinteresse. O que sinto não tem borda, só profundidade.
Este sentir, ilhado por teus olhos, só quer o teu resgate.
Enter.
Texto enviado.
O desembrulhar dos pensamentos tem um som diferente, principalmente àqueles que só a gente abre.
Nada está perfeito, e nem precisa estar.
Meu suspiro foi alto o suficiente, para que eu ouvisse nele a saudade.
A escrita é minha voz. Tomara que você ainda me escute.
O silêncio velado, grita.
Será que fomos embora?
Ou será que ainda estamos um no outro quietamente charmosos, esperando o momento de nos emparedar?
A paixão não precisa de arrumação, ela precisa de loucura, eu sempre soube disso.
Deletar o trivial e manter o foco na imprevisibilidade, será isso? Não sei.
Só sei, é que preciso te ver. Rever. Correr pra você, já que de você não é possível.
Examino a mente tentando localizar um respaldo para tudo isso. - Que tolice! Jamais encontrarei qualquer razão.
Quero mesmo é habitar a coreografia dos teus braços. Isso tem que ter porque? Provavelmente não.
Resolvi deixar as coisas serem naturais. Apenas sinto.
Sinto muito e sinto tudo. Do desespero da saudade ao da vontade.
Sinto tua falta, porque você não falta um dia sequer em minha análise.
É um reinteirado querer que ultrapassa a redundância. Uma intoxicação de beijos e cafunés.
O falado. O rítimo da respiração ou a falta dela. Entorpecimento por sedução.
Cansei de simular desinteresse. O que sinto não tem borda, só profundidade.
Este sentir, ilhado por teus olhos, só quer o teu resgate.
Enter.
Texto enviado.
Fim
Chega desse poço
desse fundo
desse moço.
Peguei a corda
chutei o balde
e vou subir.
Chega!!!
não faça alvoroço
e nem passe pra se despedir.
desse fundo
desse moço.
Peguei a corda
chutei o balde
e vou subir.
Chega!!!
não faça alvoroço
e nem passe pra se despedir.
20 de setembro de 2010
Memórias
“Às vezes me lembro dele. Sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer. Ou havia? Ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra. Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo.”
Caio F.
Neruda
quem não arrisca o certo pelo incerto
para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida
fugir dos conselhos sensatos.
Pablo Neruda
19 de setembro de 2010
17 de setembro de 2010
15 de setembro de 2010
E-terno.

Tem gente que chega,
faz casa,
abre janelas,ameniza dores,
e depois,
nos prende a alma
de um jeito
que a gente não vive sem ela.
Sirlei L. Passolongo
A maternidade
"A maternidade, à semelhança da arte,
é como encostar o ouvido na porta fechada do mistério.
Sentimos ternura e medo
quando essa nova criatura domina a nossa vida,
inunda os espaços, tolhe a liberdade,
colhe os frutos do tempo e da paciência - e no entanto
não poderíamos mais viver sem ela."
Lya Luft
14 de setembro de 2010
12 de setembro de 2010
Intervalo
Esquinas entardecendo
vou sendo
queres vir?
E do costumeiro
eu lembro
gosto tanto de ti.
Insinuando o dia
prudente seria
o escanteio?
E nas intenções
versadas ou tolas
eu creio.
Bela Flor
"Oh Flor, se tu canta essa canção,
Todo meu medo se vai pro vão.
Pra longe, longe que eu não quero ir.
Mas deixe seu rastro pólen, Flor, pra eu poder te seguir."
Composição de Maria Gadú
11 de setembro de 2010
Varal de saudade.
Mas hoje, ela será brilhante
feito às 3 Marias
*
*
*
*
no céu.
Um bordado de ida e volta
um véu.
Um varal de estrelas
p
p
e
n
d
u
r
a
n
d
o
saudade pra quarar.
Depois eu passo tudo
- a tristeza
- a melancolia
menos o tempo
porque esse, não parece passar.
n
d
u
r
a
n
d
o
saudade pra quarar.
Depois eu passo tudo
- a tristeza
- a melancolia
menos o tempo
porque esse, não parece passar.
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[ 18 anos de saudade ]E nada de secar.
10 de setembro de 2010
Silenciosamente
"Você nem precisa
dizer alguma coisa no telefone,
basta ligar e eu fico...
ouvindo o seu silêncio."
Caio Fernando Abreu
dizer alguma coisa no telefone,
basta ligar e eu fico...
ouvindo o seu silêncio."
Caio Fernando Abreu
9 de setembro de 2010
Gosto de amanhecer.
Silêncio. Ninguém acordou. Aproveito para pensar. Xícara de café quente na mão. Troco olhares com minha alma e prefiro nem destrocar. Olho para o relógio, ele não tem pernas, só ponteiros. Começo a ouvir tudo que se cala. Uma eloquência muda, como um pacto implícito a romper barreiras. Amanheci com aquela vontade de chorar por tudo e rir por nada. Vontade incoercível de sequestrar o delírio sem resgate.
8 de setembro de 2010
Piscou ;)
fiquei na dúvida
se era pra mim aquela "piscadinha"
Só hoje tive certeza:
Não foi impressão minha.
- A multa chegou.
Hoje eu acordei assim... Com meu lado humorista aflorado. kkkkkkkk
7 de setembro de 2010
5 de setembro de 2010
ConVERSO
E o corpo com senha
O que será que tenta me dizer?
E lá fui eu rabiscando afagos na ponta dos dedos
Devorando minha própria fome
Matando as vontades que eu morro de ter.
2 de setembro de 2010
1 de setembro de 2010
Despertando o silêncio.
Escrever é isto: comover para desconvocar a angústia e aligeirar o medo, que é sempre experimentado nos povos como uma infusão de laboratório, cada vez mais sofisticada. Eu penso que o escritor com maior sucesso (não de livraria, mas de indignação social profunda) é aquele que protege os homens do medo: por audácia, delírio, fantasia, piedade ou desfiguração. Mas porque a poética precisão de dum acto humano não corresponde totalmente à sua evidência. Ama-se a palavra, usa-se a escrita, despertam-se as coisas do silêncio em que foram criadas. Depois de tudo, escrever é um pouco corrigir a fortuna, que é cega, com um júbilo da Natureza, que é precavida.
Agustina Bessa -Luís, in "Contemplação Carinhosa da Angústia"