14 de março de 2012

Uma escuta, em linhas.


Não sei exatamente como começar.
Está tudo aqui dentro, observando-me.
Não adianta disfarçar com cegueira inventada, pois lateja, pulsa e se debate,
feito peixe ainda vivo quando retirado da água por nossas mãos.
Rejeito o enfado e me desloco procurando as pegadas deixadas por Deus na poesia.
Tudo que é transcrito pela arte, eterniza-se. - O prazer doído, a alma intelegível,
 a espera que atravessa às noites.
Eu sou das que não tem meio-riso, sorrio inteira.
Escrevo sobre as horas que fazem serão nos olhos e covinhas nas minhas bochechas.
Quem ousa dizer a verdade a si mesmo? A poesia ousa.
Ela rasga-me como bisturi afiado e chega as minhas verdades;
redimindo as "pecadoras" e exaltando as "angelicais".
Já tornei público que o que escrevo chega antes de mim,
 e conta tudo que sabe sem dizer nada, 
dizendo tudo.

4 comentários soprados.:

Lia Noronha &Silvio Spersivo disse...

Angélica: que espaço encantandor...parabéns...pelo dia da poesia tbém!! bjinsss

Helcio Maia disse...

A poesia não é minha melhor tradutora, é a única. Ela revela o que nem mesmo a vela ilumina, ela começa onde minha compreensão termina e eu corro feito um louco, sem a conseguir alcançar.
Abraço poético!

Giovanna disse...

Lindo poema poeta e parabéns pelo dia.

O poeta ousa a noz dizer tantas verdade que carregas de si mesmo e que nos encanta e nos faz refletir, por isso amo os peotas e seus poemas.

Abraços
Giovanna

Baerdal disse...

Teu perfil já é uma poesia...

Uns versos meus diz que:

Vive a poesia em mim...
Mas não anseia sair.
São Sete notas no peito, e um SE mais agudo
do lado esquerdo.
Uma estrada,
na contra mão
não transito.
Aqui, a duras penas sou apenas um Chico.

Atrasado, mas felicitando por esse dia.
Abraços de Baerdal

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