16 de agosto de 2011

Na borda.


A inquietude do fundo do poço
é alvoroço
sem fim, sem começo,
só continuação...
 Um querer falar que nos olha,
nos admite vastamente como às perguntas infantis.
Preciso da mente provocada,
da indignação pelo torpor.
Quero que o vazio
arda e queime
em todos os seus diálogos intextuais.
Não quero as certezas tirânicas
quero corroer pensando
quero o poço e todo seu símbolo.

4 comentários soprados.:

Anônimo disse...

Gosto de tudo que escreve. Continue ...

Beijos. Au revoir.

Yane Manuela disse...

Há aqueles momentos que preferimos a crítica aos elogios gloriosos, o que se quer é a mudança a quebra da rotina. As mesmas coisas... Sempre o mesmo pensamento que diz tudo e ao mesmo tempo não diz nada, vazio de significado! Sinto a mesma coisa!

Refúgio da Alma disse...

Talvez não! Passo sempre por aqui. :)

A procura infinita pela solução de tantos questionamentos nos faz pensar que não há saída.
Um texto extremamente profundo que me encurrala no encontro frente a frente comigo mesmo. Um encontro com aquilo que guardo lá dentro, bem no fundo.

Como sempre, me surpreende a cada palavra.

Um beijo.

Dario B. disse...

Como dizia o Quintana, o bom poema é aquele que nos lê, e não nós a ele, este eu bem queria ter escrito agora. Tou começando a acreditar que vc é minha ghost writer, rs. Um beijo grande.

Postar um comentário

"Se tudo passa, talvez você passe por aqui..."