31 de agosto de 2011

Toque


Há mãos que me afinam em sol.

29 de agosto de 2011

Encontro

O desejo fareja... E me acha.

27 de agosto de 2011

Das coisas...


Das coisas idas, que podem mas não devem se prolongar sobre o presente.
Das coias boas, como afagos, brincadeiras e outras coisas já caídas em desuso.
Das coisas para poucos, como a pura expressão e a falta de disfarce. 
Das coisas lindas, feito mural colocado acima da cabeceira da cama.
Das coisas solitárias, como uma xícara cheia sobre uma mesa vazia.
Das coisas especiais, como o cheiro que fica, mesmo quando a gente ou o outro vai.
Das coisas inesquecíveis, como lembranças encarnadas em cada lugar.
Das coisas doídas, como os passos indo embora e o meu silêncio.
Das coisas nossas, como as que enchem o peito de suspiros e a alma de sorrisos.
Das coisa úteis, como a loucura canalizada para arte.
Das coisas escritas, feito palavras apaixonadas pelo papel.

24 de agosto de 2011

Ir ou ficar?

Arriscar é decidir na neblina.

18 de agosto de 2011

Musicalizando



A depender de mim os psicanalistas estão fritos.

Eu mesmo é que resolvo os meus conflitos

 com aspirina, amor ou com cachaça.

Os gritos todos virarão fumaça.

A dor é coisa que dói e que passa.


 Zeca Baleiro

17 de agosto de 2011

Me Mim Comigo


 

Sinto-me só quando me faltam as palavras.


16 de agosto de 2011

Na borda.


A inquietude do fundo do poço
é alvoroço
sem fim, sem começo,
só continuação...
 Um querer falar que nos olha,
nos admite vastamente como às perguntas infantis.
Preciso da mente provocada,
da indignação pelo torpor.
Quero que o vazio
arda e queime
em todos os seus diálogos intextuais.
Não quero as certezas tirânicas
quero corroer pensando
quero o poço e todo seu símbolo.

14 de agosto de 2011

Escute.

Eu pulso assim.

11 de agosto de 2011

Dizendo...

Quem pode prevê
as coisas que não cabem na confissão
mas que ficam à vontade
no sofá da sala [ou no chão].

Quem pode prevê
as mãos dadas em nós
o atalho para o "estrago" feito
a luxúria atada aos lençóis.

Quem pode prevê
a façanha da imaginação
mapeando no corpo
como escrever intenção.

10 de agosto de 2011

No rodapé.

NOTA: Peguei o desejo, separei de todo resto, amassei e joguei no corpo. Agora recicle, por favor.

7 de agosto de 2011

Dissecando o pensar



Quando a mão palpita as 4h da manhã
pode ser coisa "doida" ou serena
apressando-se pelos ares,
com desejo de encadernar a tinta.
Boca sem corpo
protagonista dos anti-heróis
como todo nós, 
com nossos demônios pessoais.
O costume por defesa, por sopetão
e não por vontade.
Eu não quero perder o assombro
não quero perder o silêncio,
nem o vulcão do risco.

As vezes é preciso desviar a rota.

5 de agosto de 2011

...





A satisfação completa de escrever - É a morte da escrita.

- Sou insaciável!