31 de março de 2010
27 de março de 2010
17 de março de 2010
De dentro pra fora
Certa vez perguntaram-me: Você guarda tudo que escreve?
Sorri e respondi: Eu escrevo tudo que guardo.
15 de março de 2010
Dia após dia.
Um elo que não se rompe. Uma saudade sedimentada na ausência. Falta que não nunca desaparece, nem diminui, nem acalma, apenas se transforma. Consigo harmonizá-la com o restante do quotidiano, apesar de não conseguir me alforiar dessas vontades diárias. Descobri que não há antídoto para certas procuras. Há pessoas que são peritas em saber fazer falta. Não consigo encomendar esquecimento.
14 de março de 2010
Batendo o coração...
Dizem que o coração de um beija-flor bate 500 vezes por minuto.
Fico me perguntando... E de um beija-flor apaixonado, quanto baterá?
11 de março de 2010
Indo e ficando.
Há pessoas que são capazes de ir e ficar ao mesmo tempo. É como um sentir em roda gigante, ora em cima, ora em baixo, mas sempre naquele mesmo lugar. Não me ofereça carona, porque especialmente hoje, preciso caminhar. Silêncios praticáveis precedem à arrumação dos espaços e parágrafos em minha mente. Abandono-me a significados mais que especiais, recheados de intenções nas últimas frases. Ando preenchida do que mexe comigo. Gosto tanto de pessoas com som, musicalmente cantadas ao seu próprio tom. Agrada-me os abrigos para instantes serenos e dias sem atribulações. Nem sempre estou amistosa, mas sempre posso ficar. Hoje estou congestionada de interrogações. Estou congestionada de pensamentos e faltas. Até do que não existiu eu sinto falta. Agradeço os erros que me humanizam e os enganos que me ensinam. Hoje quando dobrei a esquina, tinha uma emoção me esperando com presteza. Não há limites para ter o sentimento nos olhos, disso eu tenho certeza.
8 de março de 2010
Esse Quintana...
"Dorme, que este é o teu último repouso!"
E retirou-lhe Eva da costela...
Mário Quintana
Não sei, quem tira o repouso de quem...
7 de março de 2010
Quietude
Mas já que se há de escrever, que ao menos não se esmaguem com palavras
as entrelinhas.
Clarice Lispector
5 de março de 2010
3 de março de 2010
Sem cota/dia
Um corpo que sorri.
Sorri em permanência de afeto e mobilidade de delicadeza.
Uma emoção pelo avesso...Exposta!
Mãos que podem tocar pela escrita, música e tato.
Um fôlego pelos poros...
Um desejo pelos olhos...
Busca e encontro.
Há uma distração preferida em meus pensamentos.
Que não tem cota/dia.
Chega e se instala no espaço reservado à alegria.
* Tenho certeza que isso já se percebia...
Levantando poeira
Por receio de que a partida levante poeira, há quem pense:
devo ou não devo engatar a primeira?
[risos]
2 de março de 2010
Instante-presente-agora
Tantas couraças nessa quietude fria.
Um encontro sem hora marcada com o vazio.
E na estréia desconcertante desse sentimento febril.
Minha pele arde.
Se um dia eu não puder mais escrever e... Morrer!
Nem autópsia precisa fazer.