31 de outubro de 2010

Sent(indo)



eu cato
o contato
pelo tato da flor
onde vc foi?
 onde estou?

Era outra vez...

Olhei para trás
e não havia
nem lobo mau, nem lobo bom.
E agora, que o inconsciente
não está a me seguir...
Pergunto-me: Para onde ir?

Ahh o sol...Adooooooooooooro!!!

Domingo ensolarado
é dia de bronzeado!!!
:)

30 de outubro de 2010

Nas entrelinhas




Do lado de lá: Porque você está triste?


Do lado de cá:  Bobagem, não é nada não… [ Porque tentar arduamente não me lembrar de você, cansa.  Porque me arebata, atropela e derruba a simples lembrança do teu sorriso. Porque a cada estrela cadente, eu penso e peço pela gente. Porque não consigo tirar os olhos de ti, mesmo com eles fechados. Porque você tá aqui, mesmo estando aí. Porque fui do céu ao chão, quando ousei fazer bung-jump com meu coração ]. Vai passar!

29 de outubro de 2010

Palavras fechadas.



Hoje lacraram-me as palavras.


Uma tristeza (que me seguiu)
até o ponto final.

28 de outubro de 2010

Quando se resolve ir...


Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais - por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia – qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!”



Caio F.

Na borda dos braços


Avia-te menino
teça o cafuné.
Siga bordando a avenida
atrevida e plena
de que tudo vale a pena.

E na calada da noite
a noite calada ecoa
As posturas e descomposturas
 que andam abraçadas
sem censuras.

25 de outubro de 2010

Cócegas

Um dia me disseram que meus olhos falam.

Depois disseram que eles gargalham.

Hoje descobri o porque:

HÁ SORRISOS QUE FAZEM CÓCEGAS NOS OLHOS.

23 de outubro de 2010

Mosaico



Há dias para levar tudo e nada. São tantos cabimentos, que já não estou cabendo em mim. Aqui está cheio de mosaicos. Pequenos cacos em busca de comunhão. Minha alma até sabe dizer onde quer estar, eu é que não sei chegar lá. Tenho muitas histórias morando em mim, mudam de endereço, mas a mobília é a mesma. Hoje parei de tagarelar para escutar a minha falta, e me achei em todos os sorrisos e dores que devorei. Prefiro não sentenciar a vida à realidade plena, o meu faz-de-conta tem vontade e ideias próprias. A escrita nunca me virou às costas, embora já tenha me virado do avesso. Fico impressionada como alguns sentimentos são repetidos dentro de nós feito um realejo, alojando-se até que a gente seja capaz de entender. Não quero a citação, quero a transcendência. Desejo que a caixa preta onde eu registro tudo, seja a dos brinquedos que deixam a minha criança feliz. E para finalizar, só queria que soubesse que quando coloquei as aspas, tinha a esperança de que um dia, o texto - você, fosse meu.

Inocente-mente

Tens razão!
Não há nada de inocente em minha mente.
É mentira.

22 de outubro de 2010

Colecionando prazer

Eu tentei explicar:
Na coleção de orgasmos múltiplos
não dá pra tocar os repetidos.

Em foco




Carisma de última geração.
Muitos megapixels de sorriso.
E eu, que me sentia tão profissional em caputurar sensações,
tornei-me amadora nesse registro.
Momentos, atenção, enquadramento: hoje, nem consigo posicionar o assunto.
Pontos áureos onde as linhas se cruzam,
é quase um culto
de desejos nada casuais. 
 Faço posse de que estou a vontade com pernas trêmulas.
E com a mesma câmera filmando você em full HD
Padrão de cinema
24 quadros por segundo
Assino o roteiro
 e guardo para não esquecer.

19 de outubro de 2010

Eis a questão!!!


"Eu estou tentando descobrir o que dói mais,
se são as sementinhas e agulhinhas da minha orelha por causa da acupuntura,
 ou as razões dos pontos estimulados".

18 de outubro de 2010

Em movimento - É assim que fico.



Acrobacias subcutâneas
anuciam o encaixe da pele.
Teus olhos canibais, querem mais...
A timidez desfeita
A intimidade perfeita
A loucura despida
Atrevimento sem volta, só ida.

A palavra é capaz

O que é raro, requer dedos cuidadosos, por isso toda escrita deve ser suave.

Vestígios de afago

X - Sabe o que eu queria agora?

Y - Fala aqui ao pé d'ouvido

X - Que teu beijo caísse umbigo adentro.

17 de outubro de 2010

Café da manhã

Um mimo.
Adoooooooooooooooro!

Bom dia!!!

15 de outubro de 2010

Classificando 2

Dengo:   1. faceirice da alma; 2. pedido de beijo disfarçado de bico; 3. olhos escritos com piscadas manhosas; 4. cafuné subentendido; 5. persuasão sem chance de falha; 6. charminho da nossa criança; 7. peculiaridade do chamego; 8. antônimo da grosseria; 9. vontade de colo; 10. comprovação de que o corpo fala.

14 de outubro de 2010

Gira-beijo

 - O verão dos meu lábios,
tem o sol da tua boca.

A direção



Eu sou o oposto
Aquilo que atrevessa o avesso
Que diz, sem abrir a boca
A recaída.


A voz dentro da descoberta
A meia palavra
A meia luz
Acesa.


Sou o alinhavo
O suspiro escrito
A boca que tece
O sorriso.

12 de outubro de 2010

Ousadia e noite


Tua respiração provoca meu pulmão
[ instantes sem ar]
mãos em par
e ímpar em suas pegadas
boca chuviscando beijos nas costas
enquanto escuto
línguas ousadas.

E tudo mais - Sou eu.



Lirismo pincelado nos olhos. Uma doçura distraída na dúvida e na hesitação. Na sala de espera da terapia, espero ler o que nunca foi escrito. Sintomático embaraço rabiscado a lápis. Um ponto de repouso que não repousa. Pensamentos precisos e abrangentes, onde eu me revelo e me desnudo. Tenho feito encontros de dias inteiros comigo e fico de joelhos trêmulos ao me encontrar. A alma é vasta, é preciso saber manejar à busca. Coisa acertada é a solidão escrita - é crucial traduzir-se. Imoderado amor que brota até por entre as frestas dos muros que construo ao meu redor. A escrita sobrepõe a fuga, a dor e o pudor. Ele me encontra até quando não sei onde estou.

À nossa criança.


Que a gente nunca perca a espontaneidade pra ser...
...Feliz!!!

10 de outubro de 2010

Eu sei, eu sinto.

Ainda serei o teu pijama.

8 de outubro de 2010

Buscando entender



Via que tinha nas mãos a mensagem a entregar, e quando lhes disse que o papel estava em branco, riram-se de mim. E ainda não sei se riram porque todos os papéis estão em branco, ou porque todas as mensagens se advinham.

Fernando Pessoa

Pele em pétalas


Arrepio de flor é beijo de borboleta.

7 de outubro de 2010

Diário

... acordei querendo
dizendo no corpo inteiro
uma escrita diária
no diário da pele
dessas que se diz
no cheiro
no chuveiro
no jeito de mexer no cabelo.

... há coisas que não se pode dobrar
apenas flor se guarda no livro
pele não dá pra guardar
pele a gente cheira
a gente morde
a gente sopra
pra arrepiar.

Chama

"O amor é fogo que arde sem se ver"


E tudo que eu queria
era te viver
sem mais porquê.

Pois todas as línguas
devem ser lidas
traduzindo o que a alma quer dizer.

6 de outubro de 2010

Ab.solvendo



Vinho é terapia engarrafada.

 A cura pela palavra
gole a gole
Instinto
suave
e doce
do repouso que ouso embriagar.






 


5 de outubro de 2010

Fluidez

É sempre a minha criança
que toca o violão
esculpindo notas fluidas
sem tulmulto de razão
expontânea
doce
meiga
acalmando a aceleração
em som que dança
sem esquivança
sem inibição.

4 de outubro de 2010

Há quem peça desejos com moedas. Eu peço com flores.

Eu giro o sol para te aquecer.

Para pescar o teu riso solar
não precisei de anzóis
apenas de girassóis.

3 de outubro de 2010

Sem partida





Nunca viajei partindo de ti. 
 Nunca consegui voltar.
*
*
*

  Sândalo nos pulsos, sandália nos pés, e me ponho a caminhar.  Devaneios absolutos que me fazem regenerar dos dias de tradução nos quintais em manifesto. Há tanto pra ser lido e me pergunto: se você me foleasse o que será que encontraria? Acho interessante as companhias que se amplificam, mesmo sem estarem presentes. Não importa o tempo verbal, o tom ou o verso, eu confesso que atravessaria noites conversando com teu arrepio. De uma coisa tenho certeza, jamais sofrerei lapsos de memória sobre teu cheiro.

Mar ceió


Nem que eu bebesse o mar
encheria
o que


eu

                         tenho

                                                         de

                                                                           fundo.

Djavan

O que é um amigo?

Imagem- Presente recebido da
Ana Céu


Uma única alma habitando dois corpos.

Aristóteles.

Um bom domingo a todos!
=)

2 de outubro de 2010

Puxando o freio de mão


Evitou a colisão dizendo:

- Não tenho airbag no coração.

Crianças são D+

"– Sabe por que chove, pai?


– Para diminuir o calor?


– Não, é para o mar pensar. Ele não consegue pensar com tanta gente dentro dele."