29 de janeiro de 2010

[...De tudo...]

Hoje tive sede de tudo...
 Do colo de palavras do meu pai .
De ver a tarde cair.
Das gargalhadas brincando na chuva.
Da boca com milhões de motivos.
De ir.

Sede dos caminhos em letras.
Do dengo.
Dos olhos beirando derrAMAR.
 Da comida japonesa.
Do caleidoscópio.
De ficar.

Sede do "cantinho do riso".
Do repouso.
De mapear o coração.
Do que passa embaixo das pontes.
Do que nasce no vento. 
Da deambulação.

26 de janeiro de 2010

Terraço da alma



Sigo em um improviso que me grifa, como um monólogo de confissões que temo escutar.O meu sentir tem crenças que ditam cartas, é quase um grito de gestos debruçados sobre o papel. No terraço da minha alma, coloquei uma cadeira e um pote de beijos guardados, para descançar meu coração das perdas que precisei transpor. É cedo ainda e às vezes tarde demais. Ausências que finalmente partiram e presenças que por fim enxerguei. Não há como dosar a alegria desmedida de estar viva. O domínio do agora é breve e não cabe em minha cabeceira afetiva. Todos os fragmentos das palavras que escrevo criam pontes entre mim as as pessoas que me leem. Tomara que possamos nos encontrar nesses acessos, porque na teia incerta das coisas, tudo que nos resta é transbordar e sermos co-responsáveis pelo trajeto. Há sorrisos que são poentes em nosso coração e permanecem como um hábito único de lembrança que não se desfaz. Apenas o meu cabelo cortei sem dor...Apenas ele!


23 de janeiro de 2010

Naquele dia...


Sorriu. Lacrou meu coração com doçura e partiu.

O Amor



Leminski

*Eu escolho a rima.

19 de janeiro de 2010

Uma homenagem!


[...a poesia é este tipo de feto do falar, ela é filha da voz, irmã da música e mãe do poeta...]
Denisson Palumbo

Genial não é?

14 de janeiro de 2010

Boemia


"Depois de você,  os outros são os outros e só"

13 de janeiro de 2010

Meu coração!!!



"Há cordas no coração que melhor seria não fazê-las vibrar"

12 de janeiro de 2010

O lugar




Um violão a beira mar
para acalmar o sentimento
de amar sem par
É como voar
sem ar
Tentando encontrar
a razão para estar
um aqui
o outro lá.





[Foto que eu tirei do pôr do sol na praia da Pajuçara].

10 de janeiro de 2010

Devagar


Ando sem pressa nos últimos tempos. Tenho sentido bem mais o chão. Estou procurando encaixar os pedaços que ficaram soltos e terminei os esboços que fiz. Comecei a cozinhar e voltei para o meu violão. Muitas mudaças que eu esperava, chegaram. Não sei se mudei quando superei ou se superei porque algo mudou. O que de fato importa, é que já consigo escrever e deixar que as letras emprestem um novo significado para o meu sorriso atravessando-me para a outra margem.  Escrevo por sobrevivência. As letras, coagulam o sangue que se esvai quando a minha alma está ferida e me aproximam das coisas que eu não tenho coragem. As vezes me abandono à pensar que tudo que sobrou foi a idéia de que :  Eu sei quem eu sou e você apenas me imagina.

Olhe-me sem pressa!
Quem sabe assim...

1 de janeiro de 2010

1 ANO


Há sempre algo a ser...
escrito
dito
transformado em poesia
em mito.
Há sempre alma...
em música
em linha
traduzindo a verdade
sua ou minha.
Há sempre transformação...
de vida
de dor
transmutando o que está
escuro em cor.

 Escrever salva-me diariamente.

Minha reverência e gratidão a cada comentário deixado aqui neste Vórtice.

Beijos em letras.